Ele mora no Vale com seus cabelos transbordantes de nuvens. Seus olhos de menino certo dia na Holanda resolveram arar corações com sementes de Liberdade mundo afora.
O tempo foi passando como um anjo por sua pele até deixar profundas marcas invisíveis de Humanidade.
Era preciso seguir.
Não podia parar.
Certo dia aportou por aqui.
Faz tempo.
Era destino.
Divino ou não.
Questão de interpretação.
Pura missão.
E lá foi ele seguir o seu caminho.
Semeou sem parar.
Não parou um segundo.
Nunca se deu conta de que tudo o que plantou foi frutificando delicadamente em meio à desesperança e a dor dessa generosa terra vermelha.
Movimento irreversível de seguir ensinando e aprendendo.
Solo fértil para um homem rico de afetos.
Do barro fez amigos, dos poemas fez alegria, da música fez companheira de luta, dos seus ideais fez catecismo.
Transgressor.
E o povo nele acreditou.
Ainda hoje acredita
Não poderia ser diferente.
Ele soube florir o Jequitinhonha com sua religiosidade livre de preconceitos.
Feito um verso segue ele todos os dias sem cansar enluarado de sol a navegar pelo generoso braço de mar da cultura brasileira popular pescando sorrisos e sonhos com sua biodiversidade poética de Holandês Brasileiro Mineiro de Fé.
Palhaço no mais lindo sentido da palavra.
Um doce estudioso da alma.
Não se enganem. Cantam os trovadores, ilustra a artesã. Ele é um revolucionário. Suas vestes bordadas de humildade estão repletas de luta e amor.
Ele mora no coração do folclore.
Popular.
Seu coração está em todo lugar.
Basta olhar.
Um Franciscano
Um poeta
Um palhaço
Um sonhador
Um Frei
Chico
Moniquinha/Monicacompoesia
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