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Mostrando postagens de maio, 2015

Com Partido ou não?

Me desfiliei de um Partido Político já faz um tempinho. Cansada da hipocrisia dos múltiplos lados opostos que claramente não me representam decidi romper em definitivo como que tanto me incomodava, o discurso vazio que jamais se transforma em prática, uma pseudo-democracia que segrega por natureza a militância, a não ser nos momentos em que ela é útil aos propósitos de uma meia dúzia de pessoas.  A partir daí comecei a fazer uma análise bem pessoal a respeito do cenário partidário atual com o intuito de facilitar minha futura tomada de decisão.  Com Partido ou não? Eis aqui muito do que pensei até agora a esse respeito. A primeira coisa que cheguei a conclusão foi que alguns fatores são essenciais nesse pensar. O primeiro fator é referente ao fato de ser mulher. Não se pode negar que a maioria dos Partidos Políticos funciona, de forma consciente ou não, como um grande centro formador de machistas não assumidos, se bem que alguns até se assumem do alto de uma autoproclamada “id

Voto feminino, reforma política e a eleição de mulheres no Brasil

Conta a Mitologia Grega que o Rei Cecrope I fundou uma cidade. Imediatamente nela brotaram uma oliveira e uma fonte de água. O Rei, intrigado, perguntou ao Oráculo de Delphos o que significava tal acontecimento. Ele respondeu que a Oliveira simbolizava a Deusa Atena e a fonte de água simbolizava o Deus Poseidon. Cabia ao Rei convocar os cidadãos para que estes decidissem qual dos dois Deuses daria seu nome a cidade. Assim foi feito. Os homens votaram em Poseidon e as mulheres em Atena. Atena venceu por um voto. Poseidon ficou irritado com o resultado e atacou a cidade com ondas muito violentas. Como forma de apaziguar o Deus o Rei Cecrope I submeteu as mulheres a três castigos. Elas perderiam o direito ao voto, nenhum filho teria o nome da mãe e jamais poderiam ser chamadas de atenienses. Qual a relação entre essa história e o tema proposto nesse artigo para discussão me perguntarão algumas pessoas? Simples, eu explico. A mitologia não é tão desconexa da realidade que vivemos como

O que dizer a uma mulher vítima de violência? Sobre a agressão sofrida pela Deputada Federal Jandira Feghali em pleno Plenário....

Como podemos convencer uma mulher que diariamente é vítima de violência a procurar os meios legais para denunciar seu agressor com o intuito de puni-lo no rigor da Lei,  garantindo principalmente seu Direito a vida, a partir do momento em que essa mulher toma conhecimento de que a própria relatora da Lei Maria da Penha, a Deputada Federal Jandira Feghali, é agredida física, moral e psicologicamente por dois outros deputados federais em pleno Plenário da Câmara dos Deputados durante Sessão transmitida ao vivo em rede nacional pela emissora de tv da Casa? Se os próprios legisladores descumprem as Leis escabrosamente em Plenário diante de todas e todos o que podemos aguardar de um agressor comum? Cabe lembrar que esse não é um caso isolado de Violência contra a Mulher em Plenário da Câmara dos Deputados. Antes dele já ocorreram outros, porém esse é o primeiro que envolve violência física explícita. Todos os agressores anteriores gozaram da mais estarrecedora impunidade. Qual o result

Aos que tem coragem... Em defesa do Memorial João Goulart.

Vou começar esse texto sendo muito direta. Os que são contra a construção do Memorial João Goulart deixam bem claro de que lado estão. Estão, entre outras coisas, contra toda e qualquer forma de reforma educacional, fiscal/tributária, eleitoral, principalmente contra as reformas agrária e urbana, todas amplamente defendidas por Jango e extremamente necessárias a construção de um país mais justo  para todos. Por isso a memória de Jango ameaça tanto aqueles que desejam firmemente o retrocesso através da destruição de todas as vitórias populares com o intuito de obter vantagens, sejam elas políticas ou econômicas. Permitir que Jango retorne para inspirar a juventude é para eles enormemente perigoso. Não seriam eles mais eleitos, não conseguiriam enganar mais ninguém com seus discursos vazios, não conseguiriam colocar em prática seu fascismo, seu fundamentalismo, sua intolerância. Em resumo, não teriam mais meios de alimentar o ódio e o medo, elementos tão necessários a sua perpetuação