Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2016

A Luta apenas começou...

E o Golpe foi dado da forma mais dolorosa possível para nós que ainda temos sonhos. Não estamos em 64. 2016, esse é o ano em que perdemos a Democracia para um bando de canalhas. Golpistas que trocaram as fardas pelo parlamento. Tenebroso espetáculo. Visão sombria. Muitos como eu choraram de dor no exato momento. Dor pelo que fizeram com o nosso voto. Com 54 milhões de votos. Me recuso a acreditar que foi em vão. Não me permito sequer pensar que essa é uma batalha já perdida. Não ouso desistir. Não quero e ponto. Final jamais. Somos um Brasil de secundaristas, universitárias, universitários, agricultoras, agricultores, sem terra, sem teto, trabalhadoras, trabalhadores, sindicalistas, artistas, petroleiras, petroleiros, educadoras, educadores, servidoras, servidores, cientistas, intelectuais, advogadas, advogados, juízas, juízes, parlamentares e muito mais. Somos um Brasil acima de tudo plural em todos os sentidos. Somos um país orgulhosamente multirracial. E é esse Brasil que sairá as

RELATOS PESSOAIS DE UMA ESCRITORA EM MEIO A UMA TENTATIVA DE GOLPE

Democracia. Tenho muito medo do que possam vir a fazer com ela. Lutamos tanto para tê-la, para consolida-la. Não é justo que esse capítulo cruel da história de nosso país se repita. Triste é saber que vinte e cinco anos depois estamos lutando contra os mesmos inimigos do Povo. Como podem? Como ousam tentar retirar de nós tudo o que conquistamos? Covardes, querem sangrar os Direitos do Povo, querem assassinar seu Legitimo direito ao Voto. Canalhas, querem fazer do nosso país um verdadeira república de bananas. Traidores, querem usurpar a Presidência de uma Presidenta Legitimamente eleita. Criminosos. Não passarão. E o Chico? O Chico veio Abraçar a Carioca Que sedutora desabrochava Feito um Cravo Vermelho De tanta emoção Por encontra-lo tão lindo Com seus olhos verdes Assim sorrindo Democracia para quem quisesse ver Quanta ousadia a minha Escrever um poema pro Chico Mas o que seria da Poesia Sem ela A Cidade De tanto amor No dia 31 de

E o Chico?

O Chico veio Abraçar a Carioca Que sedutora desabrochava Feito um Cravo Vermelho De tanta emoção Por encontra-lo tão lindo Com seus olhos verdes Assim sorrindo Democracia para quem quisesse ver Quanta ousadia a minha Escrever um poema pro Chico Mas o que seria da Poesia Sem ela A Cidade De tanto amor No dia 31 de março de 2016 Enquanto o Povo gritava Não vai ter Golpe Mais uma vez se apaixonava por ele Mais uma fez fazia história Mais uma vez resistia Ah esse Buarque Quanta emoção Quem imaginaria? Monicacompoesia/Moniquinha A emoção foi tanta que não deu para concentra-la apenas em um texto. Acabei escrevendo um Texto e um Poema. Posto primeiro o Verso. Depois posto a Prosa. Um beijo. Ou mais. Se quiser um abraço tem também (sorrindo). Monicacompoesia/Moniquinha

NOSSAS RUAS

Nossas Ruas são do Povo Da Paz e do Amor Jamais da intolerância e do ódio Nada de Condor O que queremos é Democracia A nossa Liberdade não tem idade Tem Luta Tem Coragem E acima de tudo Tem Legitimidade Portanto não se iludam golpistas de toga ou mandato Nós Resistiremos Com o Sangue que corre em nossas Veias Com o amor que trazemos dentro do Peito Pelos que já se Foram E pelos que aqui Estão Nós jamais abriremos mão Daquilo que Conquistamos  O Direito a Liberdade de todo o Povo Brasileiro Monicacompoesia/ Moniquinha

Esse tal de fascismo

Acordou naquela manhã como se fosse um dia qualquer. Levantou de sua cama, tomou banho, escovou os dentes, penteou seu cabelo, vestiu sua camisa verde e amarela da seleção confeccionada por uma famosa empresa investigada por trabalho infantil em países do dito terceiro mundo, desprezou os filhos como faz costumeiramente, ignorou sua mulher completamente, sentou-se a mesa sem paciência alguma, pegou uma xícara, encheu e sorveu lentamente alguns goles do líquido amargo que brota de suas veias enquanto lia as últimas falsas noticias do mais popular jornal golpista. Temporariamente saciou com ódio e intolerância seu insaciável desejo por privilégios e benesses e saiu as ruas para devorar a esperança dos que ainda acreditam em um país para todas e todos sem distinção. Munido de uma bandeira com os dizeres “eu quero meu país de volta” caminhava em direção a uma famosa avenida da cidade com filhos e esposa enquanto bradava ensandecidamente palavras de ordem pedindo a volta da ditadura, o q

A cidade (dos intolerantes)

A cidade sem olhos é cega Ela mesma não se enxerga Não reconhece seus próprios pecados Muito menos suas falsas virtudes A cidade está só Oca de afetos Abandonada dentro dela mesma Nela habitam seres sem alma A cidade desastrosamente não se vê A duras penas não se lê Ela é inerte Incapaz de escrever um futuro Diferente de seu passado e de seu presente Doente ela é deserta de sonhos e Humanidade Exala crueldade Feroz se alimenta de sofrimento e insensibilidade E mesmo assim morre de fome Fome de gente Fome de ser humano Fome que ela mesma desconhece Por isso a cidade sem olhos é fria feito um cadáver Ela não respira Não reage Ela apenas transpira intolerância e medo Sepultada em sua arrogância Ela é fétida A cidade na verdade nunca viveu Sempre morreu de ódio por si mesma Desde o dia em que nasceu Do ventre impiedoso da desigualdade Ela finge que sobrevive Para o mundo que a acolhe Cheio de falsas esperanças Moniquinha/Monicacompoesia

Sem volta - O caminho de quem escreve.

É sem volta o caminho de quem escreve. Nossa estrada é diuturnamente pavimentada por ousadia e medo. Ousadia de escrever o antes impensável. Medo de não obter a palavra perfeita para o momento exato. Busca inglória por uma perfeição que nunca chega. Agonia e êxtase de quem escreve. Dilema. Transitar em meio a infinitos pessoais. Eis a nossa trajetória. Desafiar incessantemente a impossibilidade de traduzir o mais sufocante dos silêncios. Nossa sina. Viver o sonho como se realidade fosse. Ilusão. Ao menos no papel temos o mundo em nossas mãos. E exatamente por isso estamos condenados ao fim. Liberdade. Nada é definitivo, nem mesmo o verso que nos invade enquanto proseamos. Drama. Ficção ou realidade não passamos de um mero exercício literário de nós mesmos. Antropofagia. Somos consumidos até a última gota de suor sem nenhuma piedade pelos parágrafos que escrevemos. Devoramos enquanto somos devorados. Sacrifício. Sangramos hemorragicamente letra a letra. Sede. Sorvemos a taça transborda