É sem volta o caminho de quem escreve. Nossa estrada é diuturnamente pavimentada por ousadia e medo. Ousadia de escrever o antes impensável. Medo de não obter a palavra perfeita para o momento exato. Busca inglória por uma perfeição que nunca chega. Agonia e êxtase de quem escreve. Dilema. Transitar em meio a infinitos pessoais. Eis a nossa trajetória. Desafiar incessantemente a impossibilidade de traduzir o mais sufocante dos silêncios. Nossa sina. Viver o sonho como se realidade fosse. Ilusão. Ao menos no papel temos o mundo em nossas mãos. E exatamente por isso estamos condenados ao fim. Liberdade. Nada é definitivo, nem mesmo o verso que nos invade enquanto proseamos. Drama. Ficção ou realidade não passamos de um mero exercício literário de nós mesmos. Antropofagia. Somos consumidos até a última gota de suor sem nenhuma piedade pelos parágrafos que escrevemos. Devoramos enquanto somos devorados. Sacrifício. Sangramos hemorragicamente letra a letra. Sede. Sorvemos a taça transbordada de nós mesmos desesperadamente. Por mais que não se perceba é o texto imagem e semelhança de quem escreve. Celebração. Não nos resta outra alternativa depois de percorrer todo o percurso tenuemente traçado que não seja brindar com a fluidez do texto nosso mais profundo cansaço. Nada mais nos cabe. Verdade. Quem sabe? Conclusão. Mesmo quando escrevemos acinzentados pela aridez do tema colhemos flores que nos brotam por entre os dedos feito um vendaval de afetos. Imaginação. Nossos jardins de ideias exalam os mais controversos perfumes. Paixão. Essência poética que nos entorpece enquanto percorremos delicadamente com nossos dedos sedentos as curvas sedutoras do livro que escrevemos. Amor. Palavra que inicia e finaliza a vida de quem escolheu tomar o rumo da palavra. Desejo. Ponto final.
Me desfiliei de um Partido Político já faz um tempinho. Cansada da hipocrisia dos múltiplos lados opostos que claramente não me representam decidi romper em definitivo como que tanto me incomodava, o discurso vazio que jamais se transforma em prática, uma pseudo-democracia que segrega por natureza a militância, a não ser nos momentos em que ela é útil aos propósitos de uma meia dúzia de pessoas. A partir daí comecei a fazer uma análise bem pessoal a respeito do cenário partidário atual com o intuito de facilitar minha futura tomada de decisão. Com Partido ou não? Eis aqui muito do que pensei até agora a esse respeito. A primeira coisa que cheguei a conclusão foi que alguns fatores são essenciais nesse pensar. O primeiro fator é referente ao fato de ser mulher. Não se pode negar que a maioria dos Partidos Políticos funciona, de forma consciente ou não, como um grande centro formador de machistas não assumidos, se bem que alguns até se assumem do alto de uma autoproclamada “id
Comentários
Parabéns! Texto que revela a necessidade de viver plenamente e que quase sempre essa necessidade é reprimida. Viva a arte.