Para Fátima, Jane e João
Era uma vez duas meninas e um menino que aprenderam lindamente como recontarem-se em vida tudo que um dia foi sonho, foi dor, foi sorriso, foi lágrima, foi amor e acima de tudo, foi sem jamais deixar de ser, amizade.
Era uma vez duas meninas e um menino que ousaram febrilmente a liberdade.
Com os olhos marejados de sentimento esculpiram-se enquanto seguiam incansavelmente por um caminho traçado pela doçura ingênua de sua coragem.
Quando certo dia se depararam com o condor fétido da maldade não temeram a aridez da luta, muito menos as suas consequências. Juntos sangraram de corpo e alma.
Tudo vale a pena.
Sem arrependimentos.
Refizeram-se enquanto recusavam cair nas armadilhas do tempo.
Sonhando a esquerda
Viveram tudo. Hoje ainda é pouco.
Falta muito.
Apenas isso.
No peito é sempre.
Muito mais que isso.
Entre lágrimas e sorrisos
Escreveram-se poemas. Vivos.
Vitória.
Apesar de tudo.
Das feridas da alma.
Não estão, nunca estarão sós.
Comunhão.
De seus corpos e almas tatuados pelo tempo até hoje germinam histórias vivas, construídas com a delicadeza dos que sabem se dar, dos que entendem o valor da entrega, dos que não se acovardam diante do olhar, dos que estendem as mãos, dos que se sabem abraçar sem abdicar um segundo sequer de lutar.
Incondicionalmente.
Doces amigos souberam-se amar acolhendo-se mutuamente enquanto continuavam a sonhar.
Fim? Quem disse que essa história tem um?
Afinal, são os três doces recomeços...
Moniquinha / Monicacompoesia
O texto acima foi inspirado na foto que tirei dos três durante a Manifestação do dia 20/08/2015 aqui no Rio de Janeiro. Fátima Setúbal, Jane Alencar e João Dias são queridos amigos que me adotaram carinhosa e generosamente. A vocês, Fátima, Jane e João, todo meu carinho.
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